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Programa Minha Casa Minha Vida, impulsiona vendas de imóveis com crescimento de 30%
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As mudanças que ocorreram nas regras do programa propiciaram bom desempenho, com mais de 103 mil unidades vendidas entre janeiro e novembro de 2023.
- Por Camilla Ribeiro
- 28/02/2024 21h02 - Atualizado há 9 meses
O programa habitacional do governo Minha Casa Minha Vida impulsionou as vendas de imóveis no país, tanto em número de novas unidades vendidas quanto em novos lançamentos.
A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apontaram dados que mostram o crescimento no percentual de unidades comercializadas pelo programa.
As vendas cresceram 36,5%, acima da média de imóveis novos vendidos no Brasil, que foi de 29,2%. Os dados colhidos são do período de janeiro a novembro de 2023, em comparação a igual período de 2022.
O total de vendas realizadas no país, incluindo os imóveis de médio e alto padrão, atingiram o valor de R$ 42,3 bilhões, com 144.854 unidades comercializadas.
Durante o período que ocorreu o levantamento, 103.171 unidades do Minha Casa Minha Vida foram vendidos, o equivalente a 71% do total.
Esse número responde por mais da metade do valor total de vendas de novos imóveis no Brasil: 53,6%, com R$ 22,7 bilhões em valor somado das unidades vendidas.
De acordo com a Abrainc, o bom desempenho do programa Minha Casa Minha Vida ocorre por conta de ajustes recentes que ampliaram o acesso ao programa.
Esses novos ajustes apresentam juros menores e parcelas mais administráveis nas faixas que contemplam as famílias com menor renda.
Navfaixa 3, acmais alta do programa, também ocorreu uma alteração significativa, no valor máximo de imóvel a ser financiado pelo programa, que subiu de R$ 264 mil para R$ 350 mil.
O levantamento demonstra que, apesar das taxas de financiamento imobiliário serem altas, a trajetória de queda da taxa básica de juros pode manter o desempenho positivo em 2024.
“A continuidade do processo de redução da taxa Selic em 2024 contribuirá enormemente para o desenvolvimento de um dos setores mais importantes da economia, responsável pela geração de aproximadamente 11% dos empregos formais do país”, declarou o presidente da Abrainc, Luiz França.
Médio e alto padrão
Apesar do crescimento mais contido, a área de imóveis com médio e alto padrão também apresentou alta, de 16,5% em volume de vendas, com 39.626 unidades comercializadas, e 18,8% de crescimento no valor total negociado, que chegou a R$ 19,1 bilhões.
No entanto, apresentou uma redução na oferta de novos imóveis. A queda nos lançamentos foi de 8,6%, ou R$ 15 bilhões em valor total.
De acordo com o levantamento realizado, essa é uma readequação gradual do mercado, por conta dos atuais níveis de estoque existentes.
Nos primeiros meses do ano passado, a duração média de uma oferta de imóvel de médio e alto padrão era de 24 meses. Atualmente esse tempo reduziu para 15 meses.